quinta-feira, 26 de março de 2009

A Insustentável Leveza do Ser


Então eu voltei.

É, mais uma vez eu voltei ao início de tudo.

Não deveria mais me sentir mal por estar assim, mas às vezes a leveza das decisões gera medo. Estranho! Ansiava tanto por liberdade, mas quando senti seus ventos tocarem meu rosto tive pavor, como se estivesse caindo num precipício sem fim, um verdadeiro salto no escuro.

Lembrei-me do preso que passou tanto tempo encarcerado que quando foi liberto sentiu vertigem ao se dar conta de que estava livre: QUERIA VOLTAR À PRISÃO.

Incoerente, mas é assim que estou me sentindo.

Percebo as portas abertas para a liberdade, a consciência liberta da dor, da culpa, dos medos, no entanto, o coração sente falta do peso, da realidade, das instituições que supostamente atribuem um sentido à existência. É como se na verdade eu me deparasse com a total falta de sentido para a existência e quisesse negá-la através de sofismas, pois do contrário estaria acometido de uma verdadeira nulidade existência, um niilismo avassalador que seria capaz de me arrancar totalmente as verdades “pré” constituídas, que “em verdade”, não se tratavam mais do que falsas tentativas de fugir do real encontro com a sentença da qual os homens estão fugindo desde que começaram as religiões.

É meus caros amigos, não há razão nisso tudo.

Não passa de uma bela ficção capaz de enganar o homem até ele entregar sua própria vida pela mentira.

Enquanto isso, eu continuo nestes emaranhados de dúvidas.

Se vou acordar amanhã, não sei!

Se estarei aqui para contar o desfecho da história, pouco provável!

Mas enquanto isso, eu sigo andando em frente, pois o sabor da liberdade e a leveza de suas percepções ainda me encantam, a luta pois, está para além do bem e do mal.

 

Luiz Antonio – Apucarana, 25 de março de 2009 – 23:07

domingo, 22 de março de 2009

Something is wrong with me.


...e por tantas vezes eu tentei sair desse quarto escuro,

mas sempre me pego pensando em voltar.

é estranho estar livre e sentir-se preso,

e eu sempre volto a pensar que algo está errado comigo.

 

Algo está errado comigo,

eu não consigo mais olhar pra fora.

Lá fora a chuva cai, mas eu não ouço nada,

apenas a pulsação do meu coração

que a cada segundo me diz que algo está errado,

algo está errado comigo.


LuiZ AntoniO - Apucarana - 22/03/09 - 01:00