O inverno vem aí!
Não há como evitá-lo!
É preciso encará-lo de frente e suportar os ventos frios que sopram sobre nossas cabeças. Os cenários são de dores: dor da solidão, a dor da angústia, a dor da fraqueza... Mesmo assim não vou desistir, minha lei é seguir em frente.
A esperança é minha fé. Ela é como uma estrela. Estrelas só brilham durante a noite, bem longe da luz do dia. Só quem sente os ventos frios do inverno e a escuridão das noites pode ver as estrelas, só quem vive a dor e a solidão das crises sabe o que é a esperança (Rubem Alves). Talvez as estrelas que vemos durante a noite nem existam mais, mas nossos olhos vêm bem ao longe seus últimos fachos de luz irradiados daquela estrela que está bem longe, mas que ainda nos encanta. Assim é a esperança. Ela é como um gesto poético e profético, pois chama à existência aquilo que ainda não existe. É o nosso socorro, pois o que seria de nós sem o socorro das coisas que não existem... (Paul Valéry).
Eu sei que a dor da solidão e o frio do inverno amedrontam. Quando anoitece as coisas podem até piorar. Apenas o eco do silêncio pode ser ouvido dentro de mim. É tempo de se calar. Tudo tem seu tempo determinado (Salomão).
Vou lá fora procurar uma estrela no céu. Quem sabe assim eu me esqueça da dor e sinta bem forte em meu peito as luzes das estrelas me invadirem e minha esperança ressuscitando meus pensamentos e me dando asas pra voar...