quarta-feira, 21 de maio de 2008

Como se fosse a primeira vez...



O passado que sempre nos acompanha, as lembranças que nunca se vão, aquela música que te faz sentir o que você acreditou não sentir mais, sentimentos que não morreram, mas que continuaram vivos dentro de nós. É estranho pensar que aquilo que acreditávamos não ter mais volta de repente acontece de forma tão natural e apaixonante, uma verdadeira surpresa da existência, como se o destino tivesse reservado esse momento pra nós. Um encontro que surgiu do desencontro.

Eu a vi ali sozinha e não pude segurar o sentimento que nasceu em mim, que me deu asas pra voar...

Foi isso que aconteceu quando a vi novamente. De repente minha alma foi tomada de um sentimento tão súbito que não entendi o que estava acontecendo: eu estava me apaixonando. Eu a olhei nos olhos, a abracei. Há muito tempo não sentia aquela sensação. Foi uma emoção que tomou conta de mim rapidamente e que me fez sentir de novo todo aquele amor que eu havia experimentado durante alguns anos passados.

É!
Nunca se esqueça do seu primeiro amor, você pode encontrá-lo naquela praça que você nunca imaginou, da forma como você nunca planejou, no tempo que você nunca esperou...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Sobre o Sentido da Vida e o Filtro Solar




Li uma crônica hoje sobre o sentido da vida.

Essa é uma daquelas questões que me deixam com olheiras. Sempre que me sinto triste, abatido, me coloco a pensar sobre o sentido da existência. É sempre assim: o homem só para pra pensar na vida quando as coisas “apertam”. Muitos se propuseram a pensar sobre o real sentido da vida, todos sem êxito. Talvez a única razão da vida seja esperar a morte, talvez sejamos fruto do acaso, talvez nem haja razão mesmo. Qual é o sentido da vida?

As religiões foram criadas para isso. A partir do momento no qual o homem fez essa pergunta a si mesmo e se viu perdido sentiu a necessidade de criar para si algo superior, místico, algo que desse sentido a sua vida. Normas, padrões, ética, frutos dessa tentativa tola. Um amigo me disse que o homem cria as coisas e se torna escravo delas. Interessante afirmação. O homem criou o dinheiro e se tornou escravo dele, criou a religião e se tornou dependente dela. Mas ele me fez pensar mais fundo e me disse: o homem criou as palavras e se tornou servo delas. Como pode ser? Como uma palavra pode me escravizar? Não são as palavras em si, mas sim o sentido que atribuímos a elas. Funciona assim: as coisas são os nomes que lhes damos. O homem criou palavras tais como: inferno, céu, julgamento, condenação; atribui sentido a elas e se tornou escravo das mesmas. Quanta tolice! Tudo isso na tentativa de atribuir sentido a nossa própria existência.

Nesse processo cada vez mais o homem se se desumanizou. O ser humano simplesmente se esqueceu de “ser humano”.

Você pode me perguntar: mas qual é então o sentido da vida?

Serei sincero o bastante pra te responder: não sei!

E ainda ficarei feliz com isso.

Estarei reconhecendo minha humanidade, minha finitude e meus limites. Não tentarei te convencer de nada. Apenas farei com que você pense e pare de se preocupar em ser feliz. Na verdade o ser humano é o único animal que se preocupa em ser feliz, enquanto os outros simplesmente são. Engraçado! Não crêem na palavras de Jesus. Disse ele: “não se preocupem com as suas vidas, nem como dia de amanhã. Se Deus cuida até dos pássaros deixaria ele de cuidar de vocês homens de pequena fé? Portanto, não se preocupem com o amanhã, mas vivam o hoje, pois cada dia trará consigo suas próprias preocupações”.

A única conclusão a que chego é: a vida acontece hoje. Desse modo “Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.” (Rubem Alves).

Pra finalizar essa conversa de mesa de bar deixo as palavras de um grande amigo:
“Nunca deixe de usar filtro solar. Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro seria esta: use filtro solar!”


Sola Libertad


Luiz Antonio

11:30 do dia 1º de maio de 2008.

Dia dos Trabalhadores ou Dia daqueles que se preocupam.