Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.
Jean Paul Sartre – Filósofo
Li, recentemente, uma reflexão do Sr. Rubem Alves, famoso teólogo, filósofo, pedagogo e psicanalista. Penso que este seja um texto que deveria ser leitura obrigatória para todas as pessoas. Rubem Alves conseguiu penetrar no âmago da questão da solidão e nos traz lições práticas sobre como podemos reverter esse estado em benefícios pra nós. Quero compartilhar com você algumas dessas lições que aprendi e que fazem muito sentido pra mim.
Estar sozinho aparentemente pode ser algo ruim. Sentimos-nos abandonados, vazios, carentes... Queremos sempre alguém que nos ouça, alguém que nos abrace, alguém que nos diga: Hey! Estou aqui com você. Mas ali, naquele momento a solidão nos ataca, o silêncio se torna nossa melhor canção. Surgem as lembranças, os monstros que habitam no porão da nossa alma saltam para fora e começam a nos torturar.
Quero trazer aqui três verdades que encontrei no texto citado e que têm me ajudado a entender o valor da solidão para o meu amadurecimento.
I – Nossa tristeza não vem da solidão, vem das fantasias que surgem na solidão.
Primeira coisa que vem à nossa mente quando pensamos na solidão é a tristeza. Geralmente fazemos essa associação. Pensamos: solidão não, ela gera tristeza, melancolia, depressão... Mas Rubem Alves nos alerta para a verdadeira causa da nossa tristeza: as fantasias.
Quando estamos sós, em vez de nos voltarmos para dentro de nós procurando nos conhecer, começamos a fantasiar. O seguinte pensamento invade nossa mente: Puxa! Eu estou aqui sozinho, quando todos os meus amigos estão lá se divertindo. Começamos a imaginar essa ilusória felicidade que os outros têm e a pensar em nós ali sozinhos. Isso gera tristeza.
Se realmente queremos aprender a trabalhar com fatores negativos de forma a torná-los positivos devemos deixar de lado as fantasias. Elas são ilusórias. São projeções da nossa mente que apenas nos deixam mais loucos.
II - Essa maldade (solidão) pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.
Já dizia Sartre: “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.” Isso mesmo. A solidão pode ser o lugar onde plantaremos nosso jardim. É o momento onde temos encontro com aquilo que habita no porão da nossa alma. Aprendemos a nos compreender, a nos aceitar. Começamos a descobrir nossos tesouros que estão escondidos.
Temos que deixar de lado as fantasias e começar a vasculhar o que existe dentro de nós.
III - As coisas são os nomes que lhes damos.
Essa verdade me aquieta.
As coisas são os nomes que lhes damos. Isso significa que enquanto eu dizer que minha solidão é minha inimiga, ela o será. Mas a partir do momento que eu entender o valor e o quanto ela pode me ajudar a crescer, ela se tornará minha amiga.
Já dizia Drummond:
“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.!“
Aqui surge o momento de crucial.
Decida dizer a você mesmo: isso pode ser bom. Aprenda a ter momentos de solidões que te façam crescer. Aprenda a valorizar o tesouro que habita dentro de você e que só pode ser descoberto num encontro consigo mesmo. E se puder leia o texto de Rubem Alves. Tenho certeza que sua alma ficará aliviada.
Soli Deo Gloria.
Jean Paul Sartre – Filósofo
Li, recentemente, uma reflexão do Sr. Rubem Alves, famoso teólogo, filósofo, pedagogo e psicanalista. Penso que este seja um texto que deveria ser leitura obrigatória para todas as pessoas. Rubem Alves conseguiu penetrar no âmago da questão da solidão e nos traz lições práticas sobre como podemos reverter esse estado em benefícios pra nós. Quero compartilhar com você algumas dessas lições que aprendi e que fazem muito sentido pra mim.
Estar sozinho aparentemente pode ser algo ruim. Sentimos-nos abandonados, vazios, carentes... Queremos sempre alguém que nos ouça, alguém que nos abrace, alguém que nos diga: Hey! Estou aqui com você. Mas ali, naquele momento a solidão nos ataca, o silêncio se torna nossa melhor canção. Surgem as lembranças, os monstros que habitam no porão da nossa alma saltam para fora e começam a nos torturar.
Quero trazer aqui três verdades que encontrei no texto citado e que têm me ajudado a entender o valor da solidão para o meu amadurecimento.
I – Nossa tristeza não vem da solidão, vem das fantasias que surgem na solidão.
Primeira coisa que vem à nossa mente quando pensamos na solidão é a tristeza. Geralmente fazemos essa associação. Pensamos: solidão não, ela gera tristeza, melancolia, depressão... Mas Rubem Alves nos alerta para a verdadeira causa da nossa tristeza: as fantasias.
Quando estamos sós, em vez de nos voltarmos para dentro de nós procurando nos conhecer, começamos a fantasiar. O seguinte pensamento invade nossa mente: Puxa! Eu estou aqui sozinho, quando todos os meus amigos estão lá se divertindo. Começamos a imaginar essa ilusória felicidade que os outros têm e a pensar em nós ali sozinhos. Isso gera tristeza.
Se realmente queremos aprender a trabalhar com fatores negativos de forma a torná-los positivos devemos deixar de lado as fantasias. Elas são ilusórias. São projeções da nossa mente que apenas nos deixam mais loucos.
II - Essa maldade (solidão) pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.
Já dizia Sartre: “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.” Isso mesmo. A solidão pode ser o lugar onde plantaremos nosso jardim. É o momento onde temos encontro com aquilo que habita no porão da nossa alma. Aprendemos a nos compreender, a nos aceitar. Começamos a descobrir nossos tesouros que estão escondidos.
Temos que deixar de lado as fantasias e começar a vasculhar o que existe dentro de nós.
III - As coisas são os nomes que lhes damos.
Essa verdade me aquieta.
As coisas são os nomes que lhes damos. Isso significa que enquanto eu dizer que minha solidão é minha inimiga, ela o será. Mas a partir do momento que eu entender o valor e o quanto ela pode me ajudar a crescer, ela se tornará minha amiga.
Já dizia Drummond:
“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.!“
Aqui surge o momento de crucial.
Decida dizer a você mesmo: isso pode ser bom. Aprenda a ter momentos de solidões que te façam crescer. Aprenda a valorizar o tesouro que habita dentro de você e que só pode ser descoberto num encontro consigo mesmo. E se puder leia o texto de Rubem Alves. Tenho certeza que sua alma ficará aliviada.
Soli Deo Gloria.
Um comentário:
amgio Luiz,
"Aprenda a ter momentos de solidões que te façam crescer."
Que bom que eu li este teu texto justamente hoje e agora. Explico:
Estou há muito para me desligar das atividades do louvor da igreja e do grupo familiar que se reúne aqui em casa. Justamente com base nisso tudo que li em seu texto. Às vezes precisamos destes momentos de deserto. Não sei quanto tempo durará.
Agora vou conversar com o pessoal do grupo e é sempre difícil explicar essas coisas esse texto vem como uma confirmação pra mim.
Abração,
Roger
Postar um comentário