sábado, 10 de novembro de 2007

O Dia que não Terminou

Aqui meus sonhos chegam ao fim,
aqui meus planos são destruídos.
Aqui o punhal do destino se encrava em mim
e meu sangue escorre pelo meu corpo caído.

Minha mente já não compreende mais a realidade,
meus olhos não enxergam a multidão,
sinto medo de ter que encarar a verdade,
entro em devaneio fugindo da solidão.

Fatos, notícias, imagens, lembranças, lágrimas,
dor, solidão, angústia, medo, vida.
Um lápis, um violão, idéias, páginas,
e por um instante vislumbro a saída.

Mas é tudo uma ilusão,
realidade oposta à verdade.
Meus sentidos me enganam
e afloram em minha pele a maldade.

A verdade e a mentira,
o bem e o mal,
o certo e o errado,
num golpe fatal.

Por um momento sinto paz,
não sinto as dores pelas quais sofri,
por um instante ouço o eco do silêncio,
adormeço e entendo que morri.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que poesia liinda, achei super profunda. adoreei =D